Bacia de alagoas
Bacia de Sergipe–Alagoas
Sistemas Petrolíferos Muribeca e Barra de Itiuba–Coqueiro Seco
A Bacia Sergipe–Alagoas situa-se na margem continental do nordeste brasileiro, cobrindo cerca de 35.000 km2, dos quais dois terços estão em sua porção marítima (Fig. X.15). De todas as bacias da margem continental brasileira, esta é a que registra a sucessão estratigráfica mais completa, incluindo remanescentes de uma sedimentação paleozóica, um pacote jurássico a eocretácico pré-rifte amplamente desenvolvido e as clássicas seqüências meso-cenozóicas sinrifte e pós-rifte.
Os primeiros trabalhos exploratórios na bacia datam da década de 40. Hoje, os domínios de terra e de águas rasas da Bacia
Sergipe–Alagoas constituem província petrolífera em avançado estágio exploratório. A reserva atual da bacia inclui 40 milhões de m3 de óleo e 11,5 bilhões de m3 de gás (ANP, 2001).
A maior parcela dos volumes de petróleo descobertos na Bacia de Sergipe–Alagoas, tais como a acumulação gigante de
Carmópolis e outras a ela adjacentes, posicionadas sobre o
Alto de Aracaju, relaciona-se ao Sistema Petrolífero Muribeca
(Fig. X.16). Esse sistema tem como rocha geradora os folhelhos pretos de idade aptiana da Formação Muribeca,
Membro Ibura; trata-se de rochas com um conteúdo de carbono orgânico que pode alcançar 12%, acumuladas em ambiente marinho restrito e contendo predominantemente querogênio do tipo II. A migração aconteceu a partir dos grandes baixos regionais da bacia, no sentido da porção terrestre e de águas rasas, onde se situam proeminentes altos estruturais.
Figura X.15 – Mapa da Bacia de Sergipe–Alagoas e localização dos campos já descobertos
Figure X.15 – Map of Sergipe–Alagoas Basin and location of fields discovered so far
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Parte IV – Recursos Minerais Industriais e Energéticos
Os reservatórios principais, em termos de volume acumulado já descoberto, são os conglomerados da