EMBRIOGÊNESE SOMÁTICA IN VITRO DE CULTIVARES DE CENOURA
O artigo explora a possibilidade de se obter em meio de cultura sólido de embriogênese somática, em explantes de hipocótilo e folha cotiledonar de cenoura, cultivares KURODA, NANTES e BRASÍLIA.
Em um primeiro momento os autores discorrem sobre a cenoura – sua importância, período de produção, principais produtores brasileiros, comparação entre cultivares, melhoramento genético, traçando um panorama geral da discussão. O posicionamento deles, que concordamos, é que o cultivo da cenoura deve ser ampliado a outros períodos de produção, no caso primavera-verão, e para isso acontecer é necessário adotar como técnica auxiliar de melhoramento genético a cultura de tecidos, através da análise da variabilidade apresentada pelas plantas regeneradas a partir de calos. A ocorrência e origem dessa variabilidade, atualmente, é definida como variação somacional.
Entretanto, segundo o artigo, para que a exploração da variação somacional seja viável em melhoramento genético, torna-se necessário o desenvolvimento prévio de metodologia, visando à definição das condições adequadas de cultura in vitro em relação aos cultivares de cenoura comumente plantada em nossas condições.
O artigo teve por objetivo a definição da metodologia básica para a obtenção de plântulas em meio de cultura sólido, a partir da embriogênese somática em dois tipos de explantes de cultivares comerciais de cenoura. Esse estudo servirá de base para a análise e identificação de genótipos superiores de mutantes de cenoura obtidos entre as inúmeras plantas regeneradas.
As sementes de cenoura dos cultivares Nantes, Brasília e Kuroda foram fornecidas pela Seção de Hortaliças Diversas, Instituto Agronômico. Foi realizada a esterilização superficial do tegumento das sementes a partir da pré-incubação das mesmas por cerca de 17 horas em placas de Petri. Depois desse período, as sementes foram imersas por um minuto em álcool-anidro. Foram a seguir lavadas