EMBOLIA POR LÍQUIDO AMNIÓTICO
É uma doença rara, gravíssima e de difícil. Ocorre no final das gestações, geralmente durante um parto vaginal ou cesárea de má evolução. A desaceleração do coração do feto (bradicardia) pode levar à embolia na grávida. O líquido amniótico bloqueia a circulação materna com a obstrução de uma artéria pulmonar da mãe. Evolui com falência cardíaca e coagulação intravascular disseminada levando à morte materna em 60 a 80% dos casos. Acredita-se que um mediador presente no líquido amniótico, chamado endotelina, seja o responsável pela vasoconstrição que leva à diminuição do débito cardíaco.
Os principais fatores que podem desencadear a embolia do líquido amniótico são: Hipertonia uterina (fortes contrações uterinas); Mecônio no líquido amniótico (quando o feto evacua dentro da bolsa de líquido amniótico); Macrossomia fetal (feto com cabeça grande); Avançada idade materna e ruptura das membranas amnióticas. Portanto, ocorre em partos complicados. Os principais sinais e sintomas da gestante são: Inconsciência; Cianose (a paciente fica com pouco oxigênio); Taquicardia (aceleração do coração); Plaquetopenia (diminuição das plaquetas); Oligúria (pouca diurese); Insuficiência renal; Anemia e insuficiência respiratória.
Os sinais e sintomas provêm de uma coagulopatia (deficiência do sistema de coagulação).
O tratamento consiste em manter: Pressão arterial sistólica (máxima) acima de 90mmHg; Débito urinário acima de 25ml/h; Saturação de hemoglobina acima de 90%; Pressão de oxigênio acima de 60mmHg; Correção da coagulação e monitoração fetal. É indispensável um serviço que tenha unidade de terapia intensiva (UTI) e equipe multidisciplinar.
A doença pode ser considerada uma síndrome, uma vez que afeta coração, pulmão, rins e cérebro e o diagnóstico é feito por exclusão (quando excluímos outras patologias parecidas) já que não há um exame (laboratorial ou de imagem) específico para a embolia amniótica. Nas necrópsias são vistos os coágulos