Em que medida a industrial cultural interfere na educação contemporanea
Quem nunca foi zoado ou zoou alguém na escola? Risadinhas, empurrões, fofocas, apelidos como “bola”, “rolha de poço”, “quatro-olhos”. Todo mundo já testemunhou uma dessas “brincadeirinhas” ou foi vítima delas. Mas esse comportamento, considerado normal por muitos pais, alunos e até professores, podem revelar-se em uma ação muito séria. Causam desde simples problemas da aprendizagem até sérios transtornos de comportamentos. Ele é tão comum entre crianças e adolescentes que recebe o nome de bullying.
Uma das entidades não-governamentais preocupadas com o problema é a Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência (Abrapia). Segundo pesquisa por ela realizada em 2002, 40,5% dos alunos admitiram envolvimento direto em atos de bullying, naquele ano, sendo 16,9% alvos e 12,6% autores. O resultado do estudo, com 5.875 estudantes de 5ª. a 8ª. séries, no Estado do Rio de Janeiro, mostra que pais e professores precisam estar preparados para lidar com o problema, tão logo apareça.
Vamos lembrar o caso de dois adolescentes norte-americanos na escola de Ensino Médio Columbine, no Colorado (EUA), em abril de 1999. Após matar 13 pessoas e deixar dezenas de feridos, eles cometeram suicídio quando se viram cercados pela polícia. Os jovens americanos eram ridicularizados pelos colegas.O pediatra Aramis Lopes Neto acreditava que o objetivo deles era matar a escola em que viveram momentos de profunda infelicidade e onde todos foram omissos ao seu sofrimento.
Mas o que leva crianças e adolescentes a serem cruéis com seus próprios colegas? Qual é a melhor forma para lidar com o problema?
Evidenciando o peso negativo da prática do bullying, FANTE (2005) ressalta a importância de compreendermos este fenômeno através de estudos e pesquisas devido aumento grave e severo da incidência em terras brasileiras.
Embasado nos referências bibliográficos, esse estudo tem como objetivo conhecer as manifestações do fenômeno bullying no cotidiano