Em defesa da Sociedade
Maria Ermantina Galvão). São Paulo: Martins Fontes, 2000.
Fichamento de Aderivaldo Ramos de Santana, 24/05/05
Natureza do texto: O livro é resultado de uma compilação de aulas expositivas ministradas durante em curso no Collège de France nos anos de 1975-1976. O presente fichamento se refere especificamente à aula do dia 17 de março de 1976, na qual, são abordados os seguintes temas:
“Do poder de soberania ao poder sobre a vida. – Fazer viver e deixar morrer. – Do homem- corpo ao homem-espécie; nascimento do biopoder. – Campos de aplicação do biopoder. – A população. – Da morte, e da morte de Franco em especial. – Articulações da disciplina e da regulação: a cidade operária, a sexualidade, a norma. - biopoder e racismo. – Funções e áreas de aplicação do racismo.
– O nazismo. – O socialismo.”(P.285)
Autoria: Michel Foucault nasceu em Poitiers (França) em 1926 e morreu em 1984, estudou filosofia e psicologia na École Normale Supérieure de Paris. Na década de 60 ficou à frente do
Departamento de filosofia das Universidades de Clermont-Ferrand e Vincennes. Em 1970 foi eleito para o Collège de France, com o título de professor de História dos Sistemas de Pensamento, desfrutando de um enorme prestígio internacional até a data da sua morte. Publicou muitos livros entre eles História da loucura, e Em defesa da sociedade.
Tese central do texto: dois conceitos estruturam esse texto. O autor vai lentamente demonstrando como esses conceitos são atemporais, e como podem fazer parte de um determinado modelo de
Estado (nazismo ou socialismo). Os conceitos de poder soberano e biopoder, foram durante anos, até mesmo séculos, utilizado para legitimar uma determinada posição frente a um individuo ou à população, posição que sempre implicava em vida e morte. Segundo Foucault o elemento aglutinador que permitiu que esses dois conceitos representassem a uma só vez o mesmo