Em defesa da Sociedade e Ordem Mundial

Texto base: Marxismo, eurocentrismo e colonialismo
Texto para a discussão: Europa, modernidade e eurocentrismo
O eurocentrismo preceitua que os europeus são os protagonistas da história da humanidade. São a sociedade civilizada, que deu origem às relações sociais que hoje conhecemos. Nesta teoria, são considerados os únicos sujeitos atuantes da História.
Com as grandes navegações, surgiu o processo de globalização, em que o Novo Mundo (América) e os povos do Oriente Médio foram dominados pelos países europeus. Os não-europeus eram considerados bárbaros e tinham resistência ao processo civilizatório que os seus superiores impunham. Entretanto, isso não é considerado uma imposição, pois o fato do povo dominador querer civilizar os bárbaros já o emancipa dessa culpa de força-los a fazerem o que não querem, aliás, a culpa se torna exclusivamente do povo inferior. O conceito de raça se tornou um critério natural para classificar a humanidade em classes e em níveis de superioridade e inferioridade. Logo, os europeus utilizaram a justificativa de serem superiores aos povos conquistados pela sua raça ser diferente. Estabeleceram que suas características físicas e culturais são, naturalmente, superiores as dos não-europeus. Este padrão de pensamento perdurou mais do que o próprio colonialismo; na verdade, essa “filosofia” continua até hoje.
Segundo o autor de “Europa, modernidade e eurocentrismo” existem dois conceitos de “Modernidade”. O primeiro deles é eurocêntrico. A modernidade é uma emancipação, uma “saída” da imaturidade por um esforço da razão como processo crítico, que proporciona à humanidade um novo desenvolvimento do ser humano. Já o segundo conceito consiste em definir como determinação fundamental do mundo moderno o fato de ser “centro” da História Mundial.
Os impérios ou sistemas culturais coexistiam entre si. Considera-se, portanto, na visão eurocêntrica, que nunca houve História Mundial até 1492. Pois apenas com a expansão portuguesa e o descobrimento