Em defesa da educação infantil
Este texto procura analisar aspectos que asseguram a educação infantil como um direito da criança brasileira, trata dos paradoxos e da situação da infância brasileira e apresenta proposições de uma educação infantil que respeite a criança como sujeito. A constituição federal de 1998 destaca que a educação é direito de todos e a educação infantil passa a ser um direito da criança e uma opção da família, sendo um marco decisivo na afirmação dos Direitos da criança no Brasil.
Em 1990 foi aprovada a lei 8.069/90 e ficou conhecida como ECA, onde inseri todas as crianças nos direitos humanos, e contribui com a construção de uma nova forma de olhar a criança. Nessa mesma década uma Comissão Nacional de Educação Infantil (CNEI), participa da elaboração da Politica Nacional da Educação Infantil por todo o mundo, onde o documento pedagógico refere-se em duas funções complementares indissociáveis: cuidar e educar. A atual LDB apresentam três artigos que tratam da educação infantil, onde avança ao prever que as instituições de atendimento (cuidar/educar) à criança de 0 a 6 anos no Brasil.
A história caminhou em direção contraria da criança como cidadã, com a construção da criança objeto e não sujeito de direitos foi sendo construída ao longo da historia da sociedade brasileira. Muitos são os problemas que afetam a infância brasileira: trabalho infantil, maus tratos, abuso, violência e a privação de direito ao convívio familiar, e ainda sofrem maus-tratos e violência em suas casas provocadas pelas suas mães e seus pais. Os adultos valorizam a espontaneidade da criança e ao mesmo tempo a vida das crianças é cada vez mais submetida a regras e instruções. As crianças dependem dos adultos para lutarem e assegurarem seus direitos e defendem que as crianças devem ser educadas para a liberdade e democracia, por isso se exige uma nova postura do professor de creches e pré-escolas no Brasil, no sentido de iniciar uma educação