elites
O aparato burocrático do governo brasileiro passou a ser um canal de mobilidade, através do emprego público. Daí a ambiguidade: não só os marginais ascendentes do sistema escravista buscavam o serviço público, mas também os marginais descendentes, como os filhos da aristocracia rural nordestina – o emprego público aqui, portanto, não era visto como um hobby, como o era pelo aristocratas ingleses, nem como um mau negócio, ou mal visto pela sociedade, como para os norte-americanos.
Além da Universidade de Coimbra, duas outras instituições foram importantes para a formação da elite brasileira: a Real Academia da Marinha (Força Armada de grande prestígio no Império) e o Colégio dos Nobres, ambas alternativas para os filhos da nobreza. Dois cursos de direito foram criados em 1827 (os primeiros professores foram alunos de Coimbra, porém o direito romano é abandonado em prol de matérias mais relacionadas às necessidades do novo país, com vista à formação de juristas, advogados, senadores, etc), um na cidade de São Paulo e outro em Olinda, transferido em 1854 para Recife[8] – vale lembrar que, com o Ato Adicional de 1834, a educação tornou-se responsabilidade tanto do governo central como dos governos provinciais. Ao final do Império, a Escola Militar transformara-se num centro de oposição intelectual e política ao