Eletroquimica
NO
ENSINO
DE
QUÍMICA
Noboru Hioka, Ourides Santin Filho, Aparecido Junior de Menezes, Fernando Seiji Yonehara,
Kleber Bergamaski e Robson Valentim Pereira
pilhas, cobre, magnésio, experimetnação no ensino de química
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Este artigo relata a construção de pilhas à base dos metais cobre e magnésio, para operar pequenos equipamentos eletrônicos, com vantajosa substituição da fita de magnésio por um bastão composto deste metal, utilizado em oficinas de conserto das chamadas “rodas de magnésio”.
Diversos meios eletrolíticos são sugeridos, desde soluções de NaCl e HCl até sucos de fruta, ou mesmo a própria fruta.
Os equipamentos operam por tempo suficiente para proporcionar boas apresentações e despertar bastante curiosidade nos alunos de ensino médio.
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Introdução
A conversão de energia química em energia elétrica é um fenômeno que pode e deve ser explorado exaustivamente por professores do ensino médio, em virtude de ilustrar vários conceitos químicos e físicos que, embora façam parte da rotina diária de qualquer pessoa, nem sempre são evidentes aos estudantes, criando-se uma indesejável separação entre conceitos e experiência.
As pilhas sugeridas em livros didáticos, sejam aquelas com materiais típicos de laboratório, como por exemplo a pilha de Daniell (Feltre, 1996), sejam as menos clássicas, como aquelas à base de limão e batata
(Feltre, 1996; Gary e Myers, 1998;
Swartling e Morgan, 1998), se bem exploradas, ilustram conceitos de indiscutível importância química no campo da termodinâmica (variação da energia de Gibbs, espontaneidade, e constante de equilíbrio de reações redox), da migração de íons em solução
(papel da ponte salina, difusão e mi-
gração nas semi-celas). As pilhas ilustram também aspectos importantes do conteúdo do curso de física, tais como potencial e corrente elétricos, evidenciando de modo claro ao aluno que a química tem profunda ligação com a física. Apesar do