Elementos para uma crítica da cultura pós-moderna
Decorrente da “crise da modernidade”, o pensamento pós-moderno surgiu a partir de 1970 nos países capitalistas industrializados, atendo-se num primeiro momento às questões estéticas e arquitetônicas, entretanto, em pouco tempo passou a permear as discussões do universo da sociologia, filosofia, economia, dentre outras ciências. Opondo-se à modernidade, o pós-modernismo reconhece a grande dificuldade que o homem apresenta para representar o mundo contemporâneo e a si mesmo. Tal limitação tem como origem a individualização, o consumismo e a proliferação da informação, práticas tão notáveis e comuns no mundo em que vivemos.
A publicidade também contribui para o agravo da situação, pois os produtos anunciados na mídia possuem considerável caráter de erotização e personalização, ensejando o consumo, prevalecendo assim o domínio da linguagem (signo), o que origina a hiper-realidade, circunstância na qual os signos tendem a ser mais reais do que a própria realidade. Ainda, de acordo com Baudrillard, os meios de comunicação de massa transformaram a realidade em simulacro, isto é, um mundo artificial substitui o mundo real, já que a linguagem e os signos são auto-referentes.
Outro aspecto interessante da pós-modernidade é a transformação da cultura em economia e da economia em cultura, o que se deve à expansão das novas tecnologias informacionais, pois os avanços nas comunicações fizeram da circulação da informação uma das mercadorias mais importantes do capitalismo. Nota-se, ainda, a chamada nova superficialidade, condição na qual o mundo objetivo passa a corresponder a textos e simulacros, e as coisas são tidas à imagem de suas superfícies externas.
Ao valorizar o presente, o pós-modernismo distancia-se da historicidade do indivíduo, condicionando o passado e o futuro ao agora, priorizando o espaço em detrimento do tempo, o que faz surgir o hiperespaço. O hiperespaço comporta redes mundiais de comunicação que descobrem e difundem novas