Elder Priest Tanto a ciência quanto a religião vão muito bem uma sem a outra, e embora a relação entre as duas seja algo complexo, deveria existir aí uma relação de reciprocidade, já que o mesmo Deus que deu a capacidade ao homem de adorá-lo, também o fez capaz de compreender a natureza; e essa relação pode realizar o maior desejo Dele, que é amenizar o sofrimento dos homens. Algo que impossibilita esse diálogo são o fundamentalismo bíblico e o materialismo científico, o que afirma Sanches (2008, p. 32): “O conflito se estabelece quando religiosos promovem uma leitura fundamentalista da Bíblia, e por outro lado, os cientistas são adeptos do materialismo científico”. Os religiosos fundamentalistas fazem uma interpretação da Bíblia como se fosse um livro de história, sem levar em consideração que o tempo mudou, e profundamente, desde a época em que ela foi escrita; e por outro lado, os cientistas adeptos do materialismo acreditam que somente se pode acreditar em algo que pode ser comprovado por meio do empirismo científico. No Brasil, entretanto, como esse conflito não é realçado, a relação ciência-religião assume um aspecto diferente que é o de emancipação. Como se sabe esse diálogo não será fácil, mas deverá ser sempre respeitoso entre as duas partes, depreendendo-se que ambas são complementares. Enquanto as duas áreas estão discutindo, ambas esquecem o que é sua principal missão, que é aliviar o fardo dos homens. A ciência falha quando ela contribui somente com os mais abastados da sociedade, os que podem pagar para usufruí-la, assim ela está traindo a sociedade que a financiou, defendendo o interesse de poucos, em detrimento da maioria. Assim a ciência deveria tomar um rumo diferente, para que não seja mais analisada como uma ferramenta a mais para o aumento das injustiças. Há quem diga que estamos vivendo uma tirania da tecnologia, que a sociedade sente-se obrigada a usar as últimas tecnologias disponíveis. Porém o que