As experincias com a educao de adultos no Brasil surgiram juntamente com a educao elementar, e assim, essa modalidade permaneceu at 1931. Desde o perodo colonial, at 1930, ela no mereceu qualquer tipo de considerao especfica nas polticas pblicas sobre a educao do Pas. Somente a partir de 1943, com a anunciada redemocratizao, que vo ocorrer as primeiras mobilizaes em torno da educao de adultos (Paiva, 1983165-175). Artigo publicado na Revista Fnix, ano 2 (2003), n1, pp. 17-28. fato a educao de jovens e adultos no Brasil nunca foi uma prioridade. No mera coincidncia, mas o adulto analfabeto quase em sua totalidade proveniente das classes trabalhadoras. Esses sujeitos que buscam a escola, tardiamente, para se alfabetizar, apresentam inmeras caractersticas que os diferencia das crianas, tais como ultrapassam aidade de escolarizao formal estabelecida pelas legislaes educacionais esto inseridos no sistema produtivo (ou temporariamente fora dele), so os responsveis pela produo dos bens materiais, mas so excludos da participao desses bens. Representam, hoje, em algumas regies do Brasil, da Amrica Latina e de todos os pases que compem o considerado terceiro mundo, quase metade da populao. E so um contingente tendencialmente crescente, a prevalecerem as atuais polticas e prticas educativas, produtoras de fracasso e excluso escolar (Moura, 1999 116- 117). No plano das polticas, o combate ao analfabetismo no Pas nunca foi assumido com seriedade. Ele se reduz, quase sempre, a campanhas montadas por governos mais preocupados em resultados estatsticos do que propriamente com a qualidade da educao que destinada ao adulto. O carter de campanha, em si, j revela a temporariedade da ao, sempre feita de descontinusmos e sem processos avaliativos que visem melhoria de sua efetivao. Zela-se pela imagem do Governo e cultiva-se a vaidade dos que coordenam o esforo em curso e no h preocupao com o alfabetismo1 dos educandos. A docncia, em campanhas de alfabetizao de adultos, feita,