Eja educação de adultos – um grande desafio
Para compreender a realidade social complexa de um procedimento de regularização fundiária, apela-se à Educação Popular, entendida como ação social portadora de potencialidades libertadoras dos sujeitos sociais subalternos, submetidos a processos de exclusão. Em alguns países e principalmente nos Estados Unidos a Educação Popular é considerada e/ou confundida com popularização da educação.
Educação Popular num ponto de vista da educação cujo centro carrega uma abordagem do ser humano de mundo e de sociedade como partes ditas numa totalidade em movimento (KOSIK, 2002), em que a dinâmica do ensinar e do aprender são, respectivamente, atos de transformação da realidade por educadores e educandos sujeitos em ação, sendo os educandos percebidos como sujeitos atores no cenário social, aprendizes nos processos de transformação, de construção e de produção da sua existência, nas diferentes dimensões. Ou seja, a Educação Popular sugere caminhos epistêmicos relativo ao conhecimento e metodológicos que possibilitam aos cidadãos, independentemente do grau de escolaridade, da sua classe social, da sua realidade, o estudo do seu mundo social e cultural, por meio do acordar de um caráter crítico e curioso do mundo que o cerca. É a ação de estudar ao alcance dos cidadãos comuns, como diz Freire: “Essa atitude séria e curiosa na procura de compreender as coisas e os fatos” (FREIRE, 1979, p. 68)
Canário (2000) conjetura, assim, a urgência de criar estruturas que visem o reconhecimento de adquiridos em contextos, formais, não formais e informais, escapando a um modelo escolar tradicional, em que se poderia cair no erro de ensinar aos adultos coisas que eles já sabem.
A Andragogia consiste em aprender estratégias focadas em adultos. O termo andrologia tem sido usado em diferentes épocas e países com várias conotações. Entretanto, a Andragogia não se opõe à pedagogia, mas traz à discussão e reforça a necessidade de se buscar estratégias