Educação de Jovens e Adultos
24 de maio de 2014 • 09h31
EJA enfrenta desafios de ensinar para todas as idades
A maior parte dos alunos do EJA tem mais de 39 anos, como Adão e Maren, personagens de campanha no Paraná
Foto: Divulgação
Segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) de 2007 a 2012 a maioria dos estudantes matriculados no Ensino de Jovens e Adultos no Brasil está em duas faixas etárias. São pessoas que têm entre 20 e 24 anos ou mais de 39 anos de idade.
A lei de diretrizes e bases da educação brasileira estabelece que todos que não tiveram oportunidade de concluir seus estudos na idade regular devem ter acesso a cursos gratuitos que ofereçam “oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho”. O desafio é criar um sistema que possa atender de modo satisfatório um grupo tão diverso de estudantes, que abrange alunos em várias etapas da vida, a partir dos 14 anos.
Segundo o Conselheiro da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação (CNE) Antônio Ibañez Ruiz, não existe um currículo nacional unificado para o ensino de jovens e adultos, apenas diretrizes gerais que orientam o poder executivo dos Estados na elaboração desses currículos.
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Além da idade mínima para matrícula no EJA, que é de 14 anos para o ensino fundamental e 18 para o ensino médio, atualmente as diretrizes curriculares são similares as do ensino regular, segundo o conselheiro. “Existe diferença apenas no número de horas determinado para cada modalidade”, diz.
O grande problema segundo Ruiz, é a taxa de evasão do ensino noturno, que só no ensino médio regular público é mais do que o