Efeito hipotensivo do treinamento resistido
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial (1). Segundo as Diretrizes Brasileiras de Hipertensão VI, a HAS tem alta prevalência e baixas taxas de controle, é considerada um dos principais fatores de risco modificáveis e um dos mais importantes problemas de saúde pública. Sabe-se que dentre os fatores de risco relacionados a HAS, encontra-se o sedentarismo.
A atividade física reduz a incidência de HAS, mesmo em indivíduos pré-hipertensos, bem como a mortalidade e o risco de doença cardiovascular (2). Nos trabalhos pesquisados, mantive o treinamento contra-resistência (TCR) como foco devido ao seu efeito hipotensivo (EH) (3) e ao pouco conhecimento da influência de suas metodologias de treino no mesmo efeito. Sabe-se que o TCR pode ser realizado utilizando diversos modelos, como por exemplo: intensidades diferentes (3), tempos de intervalos de recuperação diferentes (4) e a influência da ordem de execução dos exercícios (5). Logo, nesta pesquisa abordaremos os resultados auferidos nos modelos supra citados.
O artigo proposto por Polito et al. (3), teve como objetivo comparar a PA pós-esforço durante 60 minutos entre duas sessões de TCR realizados com intensidades diferentes, mas com igual relação de volume de treinamento. Concluiu-se que o treino mais intenso não influenciou a maiores reduções na PA pós-exercício que solicitações relativamente menores, com maior número de repetições. Porém, a intensidade do TCR pode influenciar a duração do EH, mas não a magnitude da redução.
Quanto à influência dos diferentes intervalos de recuperação, intervalos de 1 minuto vs. intervalos de 2 minutos, Maior et al. (4) inferiu que não ocorreram diferenças significativas entre a pressão arterial sistólica (PAS) e a pressão arterial diastólica (PAD), porém em ambos mostrou-se EH pós-esforço a