Treinamento de for a e hipertens o arterial
26/08/2011
Treinamento de força e hipertensão arterial - por Alexandre Correia Rocha
Uma alternativa para controle e prevenção dessa patologia, a hipertensão, é a prática regular do exercício físico. Por motivo de segurança, facilidade no controle da intensidade e desconhecimento das alterações da pressão arterial (PA) frente a uma sessão de exercício resistido (ER) e/ou programa de treinamento resistido (TR), os exercícios aeróbios foram os mais estudados e recomendados. Até o início dos anos 1990, o TR, também chamado de treinamento de força, com pesos, contrarresistência ou musculação, não eram contemplados em diretrizes internacionais (UMPIERRE e STEIN, 2007). Graças aos esforços de diversos autores e ao grande número de pesquisas recentemente publicadas, o TR está sendo recomendado para todas as populações como mais uma estratégia para profilaxia e tratamento de doenças crônico degenerativas, inclusive para aqueles que sofrem de HAS (PESCATELLO, 2004; AHA, 2000).
Sabe-se que o TR também proporciona alterações subagudas e crônicas que são benéficas para o controle da PA e estas alterações são evidenciadas em sujeitos hipertensos e normotensos. Bermudes e cols. (2003) verificaram o efeito hipotensivo após uma sessão ER em forma de circuito em sujeitos entre 40 e 50 anos, normotensos e sedentários e não evidenciando alterações significativas da PA em relação ao repouso após o exercício e durante o período de sono quando avaliada pelo MAPA. No estudo realizado por Polito e cols. (2003), foi observado efeito hipotensor após uma sessão ER, no entanto, a magnitude não diferiu quando a intensidade do treino foi alterada. Agora, com relação às respostas subagudas do ER em hipertensos, alguns estudos também destacam a hipotensão pós-exercício. Melo e cols. (2006) verificaram diminuição da PAS (-12±3 mmHg) e PAD (- 6±2 mmHg) por até 10 horas em mulheres hipertensas em uso de captopril