Educação
A classificação pelo humano é um processo natural. A classificação e categorização do humano pelo humano também é um processo natural. Não devemos nos ver em crise por este motivo. Apenas precisamos estar atentos as diferenças que são suprimidas no processo. A classificação e categorização é um processo baseado na semelhança, existe naturalmente, como nos mostra estudos de psicologia da aprendizagem (PINTO, 2007). Realizamos este processo para facilitar o pensamento e deixar que o cérebro possa trabalhar em funções superiores, por exemplo, quando vemos um determinado cão pela primeira vez não precisamos nomeá-lo novamente, simplesmente chamamos de cachorro, ou na sub-categoria, Doberman. Teríamos grande dificuldade de nomear (isto implica dispensar uma função cerebral para tal) cada objeto que entrássemos em contato. Pensem no número de objetos novos que podemos ver todos os dias. Desta forma, classificar é facilitar funções cerebrais.
O problema aparece quando, em nome do geral, do “normal”, subtraímos as diferenças, o particular. Características singulares devem ser esquecidas em nome do comum (MACEDO, 2005). Ainda segundo Macedo, 2005, o desafio é relacionar as semelhanças e as diferenças, através de uma definição mais clara do que seja cada uma delas.
Em particular no processo educacional precisamos estar muito atentos à estas questões. A escola tradicional funciona em função das semelhanças, não da diferença e por funcionar assim suprime o diferente, valoriza o igual, exclui o alternativo, premeia o comum e ignora (quando pouco) o diverso.
Uma das maneiras de categorizar é através do protótipo, ou seja, para criar uma nova categoria precisamos de um representante dela, aquele ao qual vamos nos remeter antes de dizer se um membro faz parte ou não daquela categoria. Este tipo de classificação na escola é para mim muito perigoso, isso porque muitas vezes temos nossos protótipos