educação
Diante da nossa prática pedagógica percebemos a importância da leitura para o desenvolvimento das funções psicológicas superiores, onde temos como mediador o papel do outro. Nogueira (1993, p.25) fala da importância do outro da seguinte forma:
A leitura realizada a partir da incorporação da fala/leitura do outro, de caráter interpessoal, origina processos de aprendizagem e desenvolvimento (a questão da zona potencial de desenvolvimento) que se transforma em processos intrapessoais. Assim, os recursos de incorporação e complementaridade, descritos em relação à aquisição da fala, tornam o processo de internalização mais palpável.
A leitura como forma de mediação pela palavra, pode desencadear novos processos de elaboração pelo pensamento, uma vez que os alunos podem questionar e transformar a leitura do outro. Assim, a mediação é vista como constitutiva na elaboração da atividade. A leitura não é apenas decodificação nem apreensão de um único sentido pré-estabelecido. A leitura envolve a atividade de quem lê e que também atribui sentidos ao texto, segundo suas experiências a partir das relações que estabelece.
A leitura portanto é produzida e procura determinar tanto o processo como as condições de sua produção. Silva (1998) esclarece que erramos ao pensar a leitura como um dom, uma herança genética, algo iluminado. Se assim fosse seria muito fácil para nós sabermos quem seria bem sucedido com as leituras. A leitura é uma prática social, onde todos os seres humanos podem se transformar em leitores da palavra e de outros códigos que expressam a cultura.
Quanto à leitura na escola, especificamente o trabalho pedagógico com a leitura na Sala de Recursos, deve-se