Educação
A rotina, segundo a autora Mantagute, pode ser definida como uma categoria pedagógica utilizada nas escolas para auxiliar o trabalho do educador, sobretudo, para garantir um atendimento de qualidade para as crianças. A rotina também pode ser considerada uma forma de assegurar a tranqüilidade do ambiente, uma vez que a repetição das ações cotidianas sinaliza às crianças cada situação do dia. Assim, a repetição de determinadas práticas dá estabilidade e segurança, saber que depois de determinada tarefa ocorrerá outra, diminui a ansiedade das pessoas, sejam elas grandes ou pequenas. Nas instituições de Educação Infantil, a rotina torna-se um fator de segurança, pois orienta as ações das crianças e dos professores favorecendo a previsão de situações que possam vir acontecer. Assim, entendemos as atividades de rotina como aquelas que devem ser realizadas diariamente, porém, isso não significa que devemos transformar o dia-a-dia escolar em uma planilha com atividades rígidas e inflexíveis, mas sim adequar as atividades diárias ao ritmo da instituição, das crianças e do professor.
A rotina pode e deve sofrer modificações e inovações quantas vezes forem necessárias durante o ano letivo, sendo assim, deve ser compreendida como uma categoria pedagógica da Educação Infantil que tem o papel de uma estrutura básica organizadora da vida cotidiana diária em certo tipo de espaço social, creches ou pré-escola. Devem fazer parte da rotina todas as atividades recorrentes na vida cotidiana coletiva, mas nem por isso precisam ser repetitivas. As ações que ocorrem na Educação Infantil devem estar entrelaçadas, articulando o educar e o cuidar, por isso, a rotina é a “mola mestra” dessas instituições de ensino.
Podemos dizer que a rotina é uma prática com diferentes ações que ocorrem em nosso cotidiano. Ela possibilita que a criança oriente-se na relação espaço/tempo, reconhecendo seu andamento, dando sugestões e propondo mudanças.