Educação
Ludens, aponta os limites das relações entre jogo e as artes visuais, pois define esta relação com a presença da ação e da performance, mais comuns às artes musicais e cênicas. Roger
Caillois, seguidor deste primeiro, trará uma abertura e uma ampliação da relação aqui discutida e categoriza os jogos, para além da paidia e do ludus, em agôn, alea, mimicry e ilinx, tipologia essa que será refletida e relacionada com produções artísticas.
Palavras-chave: jogo, processo de criação, arte contemporânea
1. ARTE E JOGO – LIMITES E ABERTURAS
Huizinga, no seu livro “Homo Ludens”, ao tratar das relações entre o jogo e as artes, afirma que na música, no teatro e na dança essa relação é mais evidente e acentuada que nas artes plásticas:
Fica evidente que a relação da arte com o jogo segue rastros de uma ligação direta à ação interpretativa, ao seu caráter físico ligado à performance e ao gestual2
. Para contrapor as artes plásticas às outras mencionadas, o autor ressalta que estas são completamente diferentes, pois “o próprio fato de estarem ligadas à matéria e às limitações formais que daí decorrem é suficiente para impedir irremediavelmente a liberdade do jogo e retirar-lhes aquele vôo pelos espaços de que a música e a poesia são capazes” (1980, p. 120). ao opor as artes musicais e as plásticas, Huizinga aponta que há uma diferença de ordem afetiva e emocional: