Educação
Ao longo da história a escola assumiu diferentes papéis pautados pela relação capital e trabalho. Desde o seu surgimento, como instituição que trabalha o conhecimento sistematizado, já nasce marcada por contradições. A escola pública servia aos filhos de trabalhadores, os demais, com maior poder aquisitivo, estudavam na Europa.
Atualmente, a mesma escola que pode oprimir e ser espaço de dominação negando as diferenças e reproduzindo um modelo para as exigências do mercado de trabalho simplesmente, pode emancipar e preparar o aluno para o exercício pleno da cidadania. Para que isso aconteça, nos aspectos mais amplos, não bastam promessas. A educação deve deixar de ser prioridade apenas nos discursos dos políticos e deve ser transformada de fato na prioridade número um do país. Transformar a educação verdadeiramente em prioridade, não significa somente aumentar o número de vagas nas escolas públicas ou aumentar o número de dias letivos, como está sendo cogitado. Significa ampliar os recursos orçamentários. Sabemos que isso por si só não resolve os problemas educacionais, mas escolas públicas sucateadas, ambientes inadequados e desestimulantes, muito menos. Escola de qualidade necessita de investimentos em espaços adequados, materiais didáticos diversificados e profissionais capacitados e atualizados com remuneração condizente.
A Constituição de 1988 estabeleceu um prazo de dez anos para a universalização do ensino fundamental e erradicação do analfabetismo. Quando a nova Lei de Diretrizes e Bases 9394 foi lançada em 1996, o prazo estabelecido pela Constituição já estava quase vencendo. Surge então, a elaboração do Plano Nacional da Educação que definiria metas para a Educação Brasileira a serem atingidas ao longo de dez anos. Já estamos no segundo momento do Plano Nacional da Educação e