Educação
O modo de pensar, de agir e de aprender será outro. por Hugo Studart (*)
Se você quer estar entre os sobreviventes, comece a construir novos paradigmas. Primeiro familiarize-se com termos como biologia computacional, revolução microfotônica, nanotecnologia e computação quântica. Em paralelo, retire do fundo da estante, ou procure nos sebos empoeirados, clássicos da ficção como 1984, de Orwell; Admirável Mundo Novo, de Huxley, e Eu Robô, de Asimov Mas faça-o já, com interesse didático, pois descobrirás nas primeiras páginas que essas obras estão evoluindo da categoria de ficção-científica para a de ciência da futurologia.
Obviamente é impossível prever com exatidão o futuro de cada um de nós, mas o melhores cientistas já começam a vislumbrar, com 85% de chances de acerto, os contornos da nova cosmovisão da humanidade, a futura maneira de se acreditar na vida. Proponho que fechem os olhos por instantes e se imagine dentro de 10 anos. Dê outro salto para dentro de 20 anos. Por fim, vamos até o ano 2040. Será que ainda estaremos vivos para tatear esse futuro que está em nossa imaginação?
Em 2010, A Busca Por Novos Ideais - Preliminarmente, é importante lembrar que o grande paradigma limitador da cultura ocidental tem sido o tempo de vida. No Brasil, a classe média urbana está adestrada para estudar até os 20 anos, até os 25 no máximo, a trabalhar em uma única profissão por 30 anos e a morrer lá pelos 60. Ocorre que os avanços da Medicina têm elevado a expectativa de vida das populações e esse fato tem reflexo direto sobre o mercado de trabalho. Vamos aos dados: em 1900, a expectativa de vida nos Estados Unidos era de 47 anos; hoje é de 76 anos. Em 2020, calcula-se que venha a ser de 95 anos. É bem provável que boa parte das crianças que nasceram no ano 2000 consigam viver até os 120 ou 130 anos. Estudos da ONU calculam que a quantidade de