Educação

Educação e despersonalização na realidade social brasileira

1. Introdução

As relações da educação com processos sociais significam, em nosso país, uma sintomatologia da alienação humana do homem; assim, a educação não pode ser caracterizada apenas pelo aperfeiçoamento pessoal ou até mesmo pelo conjunto das relações sociais. Para efetivá-la, portanto, os homens se encontram em um complexo de relações inter-humanas. Para entendermos a filosofia da educação é necessário vincular à uma antropologia filosófica e essa vinculação não se dá em uma manipulação de conceitos, pois é necessário apreender inicialmente o homem de cuja educação se quer falar, em sua inserção histórica e em seu contexto social, ou seja, apreendê-lo na sua existência concreta, nas suas raízes. Assim, a filosofia da educação nos leva à uma aproximação da experiência histórica e social do homem brasileiro. Falar de educação brasileira é vinculá-la aos processos da vida social brasileira, como: os processos econômicos, políticos e culturais. Assim, a filosofia da educação será uma filosofia política, uma filosofia da economia e uma filosofia da cultura, pois a educação está inserida em todos esses contextos da vida social brasileira.

2. Deterioração do humano; a patologia social como despersonalização

É no interior dos limites da concepção filosófica da educação que inicia-se as considerações sobre a patologia social – toda deterioração do humano no contexto da existência social. Em todo tempo histórico o homem viveu em sociedade, em coletivo, portanto, o homem sempre foi e continua sendo um ser social. A história brasileira está sendo reeleita no sentido de se arrancar sua significação para além de suas aparências, buscando assim, a explicitação de duas insuficiências, limitações e contradições, ou seja, buscando a significação fundamental do existir social brasileiro. Porém, ao pensamento filosófico-social se voltar reflexivamente e criticamente para a experiência histórica