Educação e políticas públicas
Delenir dos Santos da Luz
As políticas educacionais que deveriam alavancar a educação brasileira, infelizmente caminha em lado oposto quando se trata da realidade cotidiana do meio escolar, ou acadêmico. A Educação, assim como outros setores, também sofre a influência de novidades que se sobrepõem. Uma das questões atuais é a multiplicação de planos educacionais, fazendo parecer que o volume maior de instrumentos de planejamento aumentará as chances de acertarmos o rumo das escolas, por trás disso tudo, um discurso oficial pode até se apresentar com perspectivas transformadoras, mas no momento da prática o sistema não caminha como se espera porque na maioria das vezes esses planos não condizem com realidade muito menos com as condições físicas e materiais da maior parte das escolas brasileiras, sem contar ainda a qualificação dos profissionais da educação. O que vemos na grande maioria é uma cobrança muito grande com relação ao cumprimento de metas, por exemplo, cobra-se a erradicação do analfabetismo, em contra partida as crianças e os professores permanecem mergulhados na insuficiência de rendas. Tanto que já se tornou um refrão a afirmação de que criança com fome não aprende e professor sem dinheiro não se atualiza. O discurso oficial prega a qualidade nas práticas pedagógicas, mas as salas de aula permanecem superlotadas e os professores, essencialmente da rede publica, com salários reduzidos fazem turnos dobrados e, obviamente, por estarem super-atarefados ficam sem tempo de se preparar para as atividades em classe e, obviamente, sem meios de fazer cursos de atualização. Isso significa dizer que nossos professores são bons profissionais, mas não tem tempo nem de preparar boas aulas nem de se atualizarem. Já o avanço e utilização das modernas tecnologias e os mais avançados meios de comunicação vêm provocando alterações na maneira pensarmos e fazermos educação, em alguns casos até nos