Paulo Reglus Neves Freire, educador pernambucano, nasceu em 19/09/1921 na cidade de Recife, foi alfabetizado pela mãe, que o ensinou a escrever com pequenos galhos de árvore no quintal da casa da família. Mesmo sendo de classe média, vivenciou a pobreza e a fome na depressão de 1929, uma experiência que o levaria a se preocupar com os mais pobres e o ajudaria a construir seu revolucionário método de alfabetização. Na adolescência começou a desenvolver um grande interesse pela língua portuguesa. Com 22 anos de idade, começa a estudar Direito na Faculdade de Recife, casou-se com a professora primária Elza Maia Costa Oliveira, com quem teve 5 filhos. Também em Recife lecionou no Colégio Oswaldo Cruz. Em 1947 foi contratado para dirigir o Departamento de Educação e Cultura do SESI, onde entrou em contato com a alfabetização de adultos. Em 1958 participou do Congresso Educacional no Rio de Janeiro, onde apresentou um trabalho importante sobre Educação e Princípios de Alfabetização. Pensamento Filosófico de sua época, como existencialismo cristão, a Fenomenologia, a Dialética Hegeliana e o materialismo histórico. Essa visão foi aliada ao talento como escritor que ajudou a conquistar um amplo público de Pedagogo, Cientistas Sociais, Teólogos e Militantes Políticos. No começo de 1964, foi convidado pelo Presidente João Goulart para coordenar o Programa Nacional de Alfabetização, que logo após o golpe militar, foi considerado uma ameaça à ordem, pelos militantes. Viveu no Exílio no Chile e na Suiça, onde continuou produzindo conhecimento na área de educação. Sua principal obra, Pedagogia do Oprimido, foi lançada em 1969, nela Freire detalha seu método de alfabetização de adultos. Retornou ao Brasil em 1979, após a lei de Anístia. Durante a prefeitura de Luiza Erundina, em São Paulo, exerceu o cargo de Secretário Municipal da Educação, depois começou a assessorar Projetos Culturais na América Latina e África. Morreu na Cidade de São Paulo, de infarto, em