Educação e diversidade
Felicidade total, nasceram os gêmeos, João Paulo e Julianne. Todos na minha casa estavam muito feliz. Quando se passaram quinze dias, recebi um telefonema da escola em que o meu filho Jeferson de nove anos estudava, pediram pra que eu comparecesse na escola pois havia acontecido um pequeno probleminha com ele. Subi correndo à escola que era bem perto de minha casa, chegando lá me deparei com uma cena que jamais esquecerei. Meu filho Jeferson, com a professora dele,que prefiro não falar o nome , então chamarei ela de D. com quarenta e três anos aproximadamente, e a Diretora da escola, que aparentava uns quarenta anos, dentro de uma sala da escola. Meu filho chorando muito, quando cheguei ,ele me abraçou dizendo que havia levado um “ tapa no rosto” e, que,a professora D. o havia xingado de “negrinho sem educação”. Perdi o equilibrio, minhas pernas bambearam na hora, foi então que pedi providência, mas para minha surpresa e também da Diretora, isso não era a primeira vez que acontecia, a professora D. ofendia os alunos com frequência. A professora me pediu desculpas , disse que foi uma falta de controle dela, que o meu filho já estava irritando ela a tempo, perguntei a ela se teria escolhido a profissão certa, as desculpas foram muitas, mas nenhuma desculpa justificava aquele ato tão prepotente e arrogante, nessa discussão a surpresa foi maior ainda, meu filho não teria sido o primeiro. Nenhuma medida foi tomada, já que a Diretora preferiu “abafar” o caso .Porém a professora iria se aposentar naquele mesmo ano. Hoje acredito que na sociedade em que vivemos e com um pouco mais de conhecimento sobre os “nossos” direitos e para com os “outros”, isso não terminaria dessa forma.
Diga não ao racismo e ao abuso de poder.
Rosemeire Ferreira de Lira