Educação e concepções de Sociedade
Umas das criticas mais freqüentes que se ouvem, hoje, a respeito da educação ,até em âmbito internacional,é de que ela estaria desatualizada,em descompasso com as exigências e necessidades atuais da sociedade.E certamente existem dados suficiente para comprovar que estas criticas são verdadeiras.De fato se levarmos em conta as transformações no mundo do trabalho,que estão em curso nas últimas décadas,não há dúvidas de que a educação já não responde às necessidades do momento atual.
Deste modo, a educação, deveria preparar os indivíduos para o exercício de uma determinada profissão que,assim se esperava, seria exercida até o tempo da sua aposentadoria. É claro que tal educação teria, necessariamente, um caráter predominantemente informativo e limitado, pois o conteúdo de que o trabalhador necessitava não exigia um pensamento crítico e capacidade inventiva.
Nas últimas décadas com a revolução informal, o mundo do trabalho sofreu profundas mudanças. Instaurou-se algo que ainda está em andamento- um novo modelo produtivo, caracterizado pela incorporação cada vez maior da ciência e da tecnologia à produção, pela flexibilidade, pela descentralização, pela necessidade de um giro muito rápido dos produtos e por uma produção voltada para o atendimento de uma demanda mais individualizada.
Para Marx, o trabalho é o ato ontológico fundamental do ser social. Isto porque o trabalho contém em si os elementos que fazem dele a mediação responsável pelo salto ontológico do ser natural para o ser social.Ele, porém ,deixa claro que isto se refere ao trabalho enquanto criador de valores de- uso e não valores de troca.Naquele sentido ,portanto,o trabalho é uma determinação ineliminável do ser social, pois é através dele que o homem realiza o seu intercâmbio com a natureza que o trabalho se realize sob forma primitiva, asiática, escrava, feudal, assalariada, associada ou qualquer outra,em nada altera o fato de que ele permanece uma