Educação a distância distante
Katiucia Amaral Goulart
Há quem diga que sou otimista, mas neste assunto de educação à distância sou completamente pessimista. Pergunto-me por diversas vezes: A educação não é também um fator que gera integração, interação e convivência de diversos grupos culturais? Como fazer isso via email? Outro aspecto que me faz pensar é que se a Educação a Distância foi criada para aqueles que não têm tempo, como vão conseguir tempo para estudar? Até mesmo porque a meu ver estudo requer disponibilidade, tempo para pesquisas, para projetos extensionistas, participação em seminários e não podemos adequar o nosso mundinho a uma vida completamente virtual. Qual será o tempo de estudo? Como serão calculadas as horas essenciais para a formação de um bom profissional? Sem contar que várias instituições vão querer se adaptar a este diferente módulo de ensino para diminuir o seu número de professores e explorar um pouco mais os que integram o seu quadro de funcionários. Outro fato interessante nisso tudo é que este modelo de ensino foi criado seguindo o exemplo de países como a Suécia, que segundo pesquisa realizada e matéria escrita pelo professor universitário, jornalista e escritor Nelson Valente “(...) é o país que mais investe em educação. Só em 2005, gastou 7,6% do seu Produto Interno Bruto nessa área, superando os Estados Unidos, a França, o Japão e a Itália (...)”. Como criar um novo método de ensino baseado em um país onde professores são bem pagos e valorizados? Onde alunos segundo o professor universitário “(...) entram no pré-escolar pelo menos um ano antes de iniciar a escolarização obrigatória.”? Este método de ensino é a mais nova forma de facilitar a vida dos estudantes, não os preparando para a vida e muito menos para o mercado de trabalho. Fico entediada só de imaginar alguém estudando Direito no EAD, pensemos: como alguém estudaria a matéria DIREITO FINANCEIRO E FINANÇAS PÚBLICAS? Onde a matéria aborda a base