educação superior

Conclusão

Nas considerações finais do autor é apresentada uma breve síntese dos múltiplos dados e sumárias analises dos diferentes aspectos da intensificação e precarização do trabalho dos professores setes Ifes da amostra.
O fato mais evidente e talvez de maior repercussão sobre a intensificação e precarização do trabalho docente é o que se traduz na politica de financiamento da expansão da educação superior publica federal. Os dados financeiros, dos mais gerais aos mais restritos, todos em maior ou menos grau revelam que o financiamento do total de federais do país e da amostra sofreu uma redução de no mínimo um terço, em valores reais, no período de estudo.
A redução, no período, para o total das Ifes do país foi de exatos -33% (R$ 8.937 bilhões e R$ 5.958 bilhões); do total das Ifes da amostra, de 34%; no caso da UFU, a redução chegou a -56%.
O segundo fato é o que se refere à evolução/involução da remuneração salarial de 1995 a 2005. A redução salarial dos professores das Ifes , em nível nacional, alcançou 20%, atingindo de forma mais significativas os professores das faixas salariais mais altas da carreira –titulares e adjuntos.
O terceiro fato revela o resultado da correlação entre o crescimento das matriculas de graduação e pós-graduação e o crescimento das funções dos docentes e dos funcionários técnicos-administrativos.
O aumento da relação professor/aluno, que no período aproximou-se à 33%, isto é, esta relação passou de 12,4/1 a 15,9/1. Ou seja, ocorreu um pequeno aumento do corpo docente em 12% e um grande aumento do corpo discente ou de matriculas de graduação equivalentes a 60%. Verifica-se também uma redução do corpo técnico-administrativo em 40%.
Por fim, é necessário considerar que este aumento do coeficiente da relação professor/aluno devem somar-se o aumento de atividades buricraticas ou laboratoriais, significando a redução de 40% do corpo técnico-administrativo do conjunto das Ifes da amostra, assim como o aumento de 50% da