Educação para a sustentabilidade
“Como liberdade, justiça e democracia, sustentabilidade não possui um significado comum a todos.”
John Huckle – Education for Sustainability (2001).
O conceito
A palavra sustentabilidade tem sido utilizada nos últimos anos nos mais diferentes contextos e propósitos. Por esse fato, muitos autores têm afirmado que falar em sustentabilidade simplesmente perdeu o sentido, ou seja, se tornou apenas mais um jargão em discursos politicamente corretos.
Leonardo Boff, um dos participantes na elaboração da Carta da Terra, afirma que “se a sustentabilidade representa o lado mais objetivo, ambiental, econômico e social da gestão dos bens naturais e de sua distribuição, o cuidado denota mais seu lado subjetivo: as atitudes, os valores éticos e espirituais que acompanham todo esse processo, sem os quais a própria sustentabilidade não acontece ou não se garante a médio e longo prazos”.
As palavras de Boff trazem consigo uma das características centrais do conceito de sustentabilidade: a complexidade. O conceito moderno de sustentabilidade engloba, ao mesmo tempo, aspectos econômicos, sociais, ambientais, éticos, étnicos, políticos, culturais e comportamentais, os quais devem interagir de forma harmônica a fim de garantir a continuidade da vida no planeta, incluindo a nossa própria. Dessa forma, o conceito de sustentabilidade tornou-se a palavra de ordem – e a tábua de salvação – em quase todos os assuntos relacionados ao ser humano, seu ambiente, sua sociedade, sua economia, etc.
Dentro desse panorama, não é a toa que a palavra pode ter perdido seu significado original ao longo do tempo.
Entendendo sustentabilidade
A sustentabilidade tem ganhado espaço dentro da realidade de algumas poucas escolas no Brasil. As restrições do currículo atual, a falta de preparo específico e a grande amplitude do tema talvez sejam apenas alguns dos motivos por trás desse fato.
Na prática escolar, as possibilidades de trabalho