Educação para a Morte
Sabemos que a morte é uma realidade que se encontra na existência humana. Nos tempos atuais, contudo, caracterizados por esse acontecimento, presenciamos a sua banalização. Quando nos deparamos com ela, surgem dos mais diversos sentimentos, intensos ou fracos. É o caso do medo, do espanto a angústia que a morte traz para aquele que nunca foi instruído a lidar com aquilo que é a única certeza que temos em nossas vidas. Nosso medo da morte ou as tentativas de nos livrarmos dela não são decorrência do fato de pensarmos nela como último acontecimento da existência humana, mas sim, de nos prepararmos para ela, ter uma educação voltada para a morte. Nas diferentes culturas temos visões diferenciadas sobre o que cada um acha acerca da morte, os cristãos trazendo a crença de que a morte é uma passagem para a vida eterna, colocando na mão do criador proporcionando a si mesmo uma realidade bem diferente das culturas orientais, que trazem para os seus dias a consciência da finitude da vida, o preparo para a morte traz consigo reflexões de atos. Quando passamos a encarar a vida com a consciência de que a morte faz parte de nosso ciclo as coisas são vistas de forma diferente, em todos os lugares estamos batendo de frente com a morte e não damos conta disso, tememos a todo momento aquilo que deveria ter importância para que o homem se sinta transformado em questão de sua existência. “O Túnel e a Luz”, livro de Elisabeth Kübler-Ross, uma psiquiatra que dedicou quase que toda a sua vida ao trabalho com pacientes que se deparavam com o estado de morte, que bateu sempre de frente com a questão da morte nos apresenta diversas de suas experiências e tenta demonstrar, a partir de relatos e comentários, algumas situações em que os pacientes encontram-se com a morte. Em se tratando também da finitude da vida ela nos proporciona grandes questionamentos a respeito dessa ideia. Ainda hoje há uma dificuldade imensa em se tratando de lhe dar com a