Educação não formal: a legitimação de saberes e processos educativos
Sabemos que a educação não se limita à instituição escolar, pois há outros modos de ensino/aprendizagem que fogem do modelo tradicional. É interessante lembrar que o conhecimento é compartilhado de diversas maneiras e em diferentes espaços, e praticado por três diferentes e principais formas: a formal, a informal e a não formal. A educação não formal sempre foi um campo de menor importância no Brasil até os anos 80, tanto nas políticas públicas e mesmo entre os educadores. Apenas nos anos 90 em decorrência das mudanças na economia, na sociedade, no mundo do trabalho e quando também se fortalece a defesa dos direitos da criança e do adolescente, a educação não-formal ganha destaque. Nesta perspectiva a educação passa a atuar em diferentes espaços e de forma alternativa, caracterizando-se como educação não-formal por estar fora dos âmbitos escolares e ter uma característica mais lúdica, cultural e artística e por possuir este perfil se torna tão atraente para o seu público, no caso crianças e adolescentes, jovens e adultos principalmente. Consideremos brevemente as três diferentes e principais formas de educação:
Educação formal seria aquela estruturada, organizada, planejada intencionalmente, sistemática”. Essa modalidade é compreendida desde a educação infantil até o ensino superior, para que ela ocorra é necessário tempo e local próprio.
A educação informal trata da socialização do indivíduo, isto é, ocorre durante toda a vida, na qual as pessoas adquirem conhecimentos e habilidades nas experiências e práticas diárias por meio da família, da igreja, do bairro etc., se distingue pela não intencionalidade e espontaneidade.
A educação não formal corresponde aquela que ocorre fora do sistema escolar e assim como a educação formal possui uma intencionalidade, porém, não tem a mesma formalidade e estruturação. Nela há a flexibilidade de tempo e espaço, os conteúdos são adaptados às