Educação no Brasil Imperio
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No Brasil Imperial, após o Ato Adicional de 1834, as províncias utilizaram-se de vários instrumentos para controlar de perto o trabalho dos professores. Entre eles ganham destaque os regulamentos de instrução pública que passaram a ser elaborados após a descentralização de 1834. A desvalorização do professor foi historicamente construída, principalmente a questão salarial. Nesse período a educação passou a ser vista como uma política pública como avalia Saviani (2009, p.143) “no Brasil a questão do preparo de professores emerge de forma explícita após a independência, quando se cogita da organização da instrução popular. [...]”. A publicação do decreto de 1º de março de 1823 foi a primeira tentativa do Estado Nacional Brasileiro de organizar a educação e a formação docente, criando uma escola que tinha o objetivo de formar docentes para atuar nas corporações militares. Escola de primeiras letras, pelo método do Ensino Mútuo. Para Neves, o método exercia três funções: [...] A primeira é a de disciplinar homens indisciplinados e torná-los bons soldados; a segunda é a de que, a partir da disciplinarização, eles vigiariam como soldados a população em geral, e uma terceira advém de que soldados mestres atuariam sob o corpo, tanto no de outros soldados, intensificando a disciplinarização, como no social mais geral, por meio do corpo infantil. (NEVES, 2007, p. 14). Lei do Ensino de Primeiras Letras de 15 de outubro de 1827 foi a primeira lei geral que trata da educação do Estado Nacional Brasileiro. Ela aborda as questões relativas à educação de uma maneira mais geral. A mesma lei estabelecia que os Presidentes de Província definissem os ordenados dos professores; que as escolas deviam ser de ensino mútuo; que os professores deveriam providenciar a necessária formação no método Lancaster; e determinava os conteúdos das disciplinas. Com salários tão baixos (duzentos à quinhetos mil réis por ano) muitos