Educação infantil
ACERCA DAS PRÁTICAS DE LEITURA E ESCRITA DE ALUNOS EM EDUCAÇÃO
DE JOVENS E ADULTOS. Josiane Soares de Faria Pádua, Universidade Estadual
Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, UNESP - Campus Rio Claro/SP.
INTRODUÇÃO
Em nosso meio, grande parte das atividades escolares, depende da leitura.
Segundo Zizi Trevisan, “aprender a escrever é um processo que se inicia com a aprendizagem da leitura, extrapola os bancos escolares e se aperfeiçoa ao longo da vida” (TREVISAN, 1996, p.175).
A leitura, assim como a escrita, constitui-se em formas de expressão da cultura de um povo, sendo um dos meios utilizados, desde épocas remotas, como registro, comunicação e interação entre os indivíduos. A escrita compreendida enquanto símbolo dessa relação tem sido fonte de estudo de muitos pesquisadores no campo da história cultural, possibilitando-os abrir possibilidades teóricometodólogicas para outros olhares para as práticas de ler e escrever e para um acompanhamento da construção do que vem a ser o saber histórico.
Temos como exemplo, o texto de Robert Darnton quando faz a análise de um registro encontrado em documentos de época, em que faz menção a um leitor de classe média abastada na França do século XVIII, chamado Jean Ranson, que ao ler
Rosseau, incorporou suas idéias na estrutura de vida, onde se verificou por meio de uma série de cartas, como o rosseauismo pode ser absorvido no modo de vida do burguês provinciano, sob o Antigo Regime (DARNTON apud BURKE, 1992, p.201).
Esse exemplo sugere que a elaboração de textos e a compreensão da vida estavam intimamente relacionadas. Sendo assim, abre-se a possibilidade no sentido de desenvolver uma história e uma teoria da reação do leitor, observando a leitura enquanto um fenômeno social em suas diversas formas e maneiras em que o ser humano encontra para expressar sua cultura e seus modos de vida; até porque toda leitura tem