Educação indígena

O Brasil, país multicultural e pluriétnico, tem suas raízes culturais formadas a partir da relação entre as culturas que aqui eram estabelecidas e que se estabeleceram na colonização, ou seja, as culturas indígena, africana e européia. Os traços multiculturais brasileiros estão presentes no cotidiano de todos nós, na linguagem, arte, culinária, brinquedos, brincadeiras, moda, costumes, entre outros. O aluno em idade escolar está em fase de desenvolvimento de sua personalidade e de seus valores e da construção de sua identidade e individualidade, portanto, o ensino dessas culturas são de fundamental importância para que o aluno se reconheça como ser individual e coletivo dentro da cultura brasileira. Entretanto, os currículos escolares privilegiam o modelo europeu, havendo uma carência com relação as culturas indígenas e africanas. Para ajudar a minimizar esses problemas, em 2003 foi sancionada a lei 10.639, que assegura a obrigatoriedade do ensino das culturas afro-brasileira e africana nos estabelecimentos públicos e privados de ensino fundamental e médio, complementada em 2008 pela lei 11.645 que acrescentou a cultura indígena nessa obrigatoriedade. Mas isso não quer dizer que a implantação dela se deu de forma efetiva. Falando mais especificamente da cultura indígena, muitas vezes é de fato esquecida ou deixada de lado pelos professores. Poucas disciplinas, em raras oportunidades é que fazem o trabalho com a cultura indígena. Falta de conhecimento e de interesse, creio eu, são os principais complicadores. A dificuldade maior está na falta de formação dos professores sobre o tema, a abordagem muitas vezes estereotipada nos livros didáticos, em como fazer a inserção desses conteúdos e quais conteúdos privilegiar dentro dos currículos escolares, que precisam cumprir com seus com seus objetivos e planejamentos. Para que haja a sensibilização por parte dos alunos primeiramente é necessário o conhecimento e a sensibilização por parte dos professores. Formação