Educação indígena
UFPB
A preocupação com a Educação indígena no Brasil é recente. As leis demoraram em aparecer, surgiram avançadas, porém as ideias não foram totalmente concretizadas. As reivindicações começaram pela terra e, nos anos 1970, foram incluídos nas discussões os problemas da saúde e do ensino. A história da educação escolar indígena é modulada pelas mudanças da interação da escola com a diversidade do grupo a que se destina. Mesmo diante de um processo colonial que tentou destituir a memória coletiva dos povos indígenas, as marcas do contato foram sendo apropriadas e ressignificadas, constituindo cosmologias híbridas, porém não menos indígenas. A constituição da escola indígena se configura em alguns períodos, marcados por sincronias e diacronias. O primeiro período foi predominado pela catequese e as ações educativas, preocupação em instalar uma moral cristã, e se estendeu até o advento da república. No início do século XX houve a modernização e consolidação do Estado Nacional, inaugurando um novo marco na educação indígena, a escola passou então a ter duas funções controladas pelo Estado: Educá-los e territorializá-los. Houve a criação do SPI ( Serviço da proteção ao índio) que explicitavam preocupações com a preservação e a qualidade de vida desses povos, com a necessidade de mantê-los à margem da nova etapa de ocupação das terras, visavam também a integração dos índios à comunhão Nacional. Mesmo considerando as iniciativas do SPI inovadoras e até responsáveis por rupturas na forma de condução das políticas relacionadas aos índios, observa-se uma continuidade de missões religiosas. A inserção indígena na sociedade trouxe como consequência o ensino a cultivar para ocorrer a fixação na área, civilizar através do trabalho e escola, além da regularização das terras. Até os anos 80 foram raros os casos de escolas indígenas mantidas pelo Estado, pois o SPI negociava