A educação indígena tem se tornado relevante nos vários países que foram colonizados e onde ainda existem os habitantes originais do mesmo. Esforços têm sido tomados de maneira a preservar a cultura destes indivíduos, mas também permitindo sua integração à sociedade moderna. Avanços e consensos na área de educação escolar indígena se deram tanto no plano legal quanto no plano administrativo.Ainda não se estruturou um sistema que atenda as necessidades educacionais dos povos indígenas de acordo com seus interesses, respeitando seus modos e ritmos de vida, resguardando o papel da comunidade indígena na definição e no funcionamento do tipo de escola que desejam. A impressão que se tem é que a educação escolar indígena caminha a passos lentos: avança-se em direção a algumas conquistas, mas inúmeros obstáculos se apresentam a cada momento. Nesse contexto, um registro deve ser feito: a educação escolar indígena virou uma pauta política relevante dos indíos, do movimento indigena e de apoio aos índios. Deixou de ser uma temática secundária, ganhou importância na medida em que mobiliza diferentes instituições e recursos. O direito a uma educação diferenciada, garantido na constituição de 1888, vem sendo regulamentado por meio da legislação. Além da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 1996, e da Resolução 3/99 do Conselho Nacional de educação, a educação indígena está contemplada no Plano Nacional de Educação e no projeto de lei de revisão Estatuto do índio , ambos em tramitação no congresso nacional. Encontros, reuniões e seminários têm se tornado recorrentes para a discussão da legislação educacional, de propostas curriculares para a escola indígena, de formação de professores índios, do direito de terem uma educação que atenda a suas necessidades e seus projetos de futuro. Hoje não mais se discute se os índios tem ou não que ter escola, mas sim que tipo de escola.