educação inclusiva
A EDUCAÇÃO INCLUSIVA E UMA ESCOLA PARA TODOS
Para compreender melhor a educação inclusiva, precisamos ter clareza que o imperativo por profundas transformações no âmbito escolar é decorrente das mudanças postas pela globalização, que a cada ano, intensifica a exclusão, impondo à escola o papel de aproximar as diversas culturas, o desafio de articular a igualdade e a diferença, isto é, interligando e considerando-as, sem ofender o direito posto para superar as diversidades entre as mesmos.
Neste contexto, surge a proposta de escola inclusiva, onde todas as pessoas com necessidades educacionais especiais (NEE) devem ir às escolas (da rede regular de ensino), ser bem atendidas e bem vidas. Segundo Mantoan, “A inclusão é uma inovação, cujo sentido tem sido muito distorcido e um movimento muito polemizados pelos mais diferentes segmentos educacionais e sociais”.
A partir desta questão, Mantoan nos mostra que nem sempre inovar é o inusitado e que a constituição garante a educação como direito de todos os indivíduos com deficiências, de toda ordem. Porém, sabemos que para a escola “acolher” de fato esses indivíduos, é necessário melhorar as condições da escola e requer várias mudanças, no âmbito da própria sociedade, para que os diferentes sujeitos possam vivenciar processos sociais sem preconceito e sem barreira. E para que isso ocorra, as escolas inclusivas, as escolas que recebem as pessoas com NEE, devem assumir que as dificuldades de alguns alunos não são apenas deles, mas resultam em grande parte do modo como o ensino é ministrado, a aprendizagem é concebida e mesmo avaliada. A perspectiva é de construção de uma nova escola, uma escola inclusiva que se constitua em uma escola para todos, não apenas no papel ou em discursos como vemos e ouvimos, mas que rompa com a realidade de exclusão a favor de uma escola aberta aos diferentes modos de ser e aprender dos diferentes sujeitos. O desafio é a construção de uma