educação inclusiva
ELEMENTOS DA NÃO-LIBERDADE: uma exposição com os fundamentos da filosofia schopenhaueriana
SILVA, Everton Luís da.1
RESUMO: Os filósofos durante toda a história muito têm debatido acerca da liberdade humana, sobretudo questionando a sua possibilidade ou ainda, onde e como ela pode ser encontrada. Arthur Schopenhauer não diferente, com fulcro no inatismo do caráter e no princípio de causalidade, o voluntarista alemão estabelece as bases de sua filosofia sobre a liberdade. Pessimista, o filósofo de Frankfurt nos apresenta conclusões de igual natureza, dizendo que o ser humano não é livre nas suas escolhas, já que há uma “necessidade dos atos de Vontade” que o vedam a liberdade. Enfim, o maior adversário de Hegel diz que somente a Vontade – como ‘coisa-em-si’ – é detentora da tão almejada liberdade, e que esta não se dá no âmbito moral, mas somente no físico.
PALAVRAS-CHAVE: Motivação; caráter; liberdade; vontade; causalidade.
1. Introdução
O pessimismo na filosofia de Schopenhauer agora se estende até ao polêmico tema da liberdade moral. Apesar de presente em várias de suas obras, o tema é, sobretudo, abordado em sua obra Über die Freiheit des
Willens, isto é, “Sobre a Liberdade da Vontade” oferecida como resposta à questão formulada pela Academia Real da Noruega, obra esta que como bem observa Fabio Libório Rocha2 foi a exemplo da edição francesa traduzida equivocadamente para o português com o título de “O Livre Arbítrio”, vez que o termo “Vontade” na filosofia Schopenhaueriana possui uma significação toda peculiar, não podendo ser tomado no seu uso corrente.
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Graduando no Curso de Direito da Unidade de Ensino Superior Vale do Iguaçu (Uniguaçu).
Premiado com o título de “Aluno Nota 10” promovido pela mesma Unidade de Ensino por ter obtido o maior aproveitamento acadêmico (média final: 10,0) de toda a Instituição no 2º
Semestre do ano de 2007.
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ROCHA, Fábio Libório.