Educação inclusiva
Esta pesquisa originou-se pela percepção da necessidade de estudos que busquem ouvir o professor que recebe alunos com necessidades educacionais especiais em sua sala de aula, considerando que a inclusão representa um desafio para esses professores que, de modo geral, não possuem formação em Educação Especial. Compreender o ensino do ponto de vista do professor é também compreendê-lo por quem se faz sujeito da história. Por isso, esta investigação buscou conhecer as histórias de vida de três professoras de uma escola pública do município de Santa Maria/RS. As histórias de vida dessas docentes remetem aos percursos de formação e autoformação implicados na constituição pessoal e profissional do professor enquanto sujeito que aprende, possibilitando uma aproximação das representações em relação à inclusão, as quais permitem entender a forma como percebem esse processo. Este estudo apresenta alguns pontos que se sobressaem nas histórias de vida, possibilitando compreender como as professoras aprendem a trabalhar dentro da perspectiva da inclusão e de que forma constróem seus saberes.
A pesquisa
As três professoras que colaboraram com esta pesquisa trabalham na mesma escola. Essa escola é pública, da rede estadual de ensino de Santa Maria/RS. A escola foi uma das primeiras, na implementação do processo de inclusão de crianças com necessidades educacionais especiais em classes regulares de ensino deste município. Utilizamos dois elementos básicos: observação e entrevista. Para Ludke; André (1986), a observação possibilita um contato pessoal e estreito do pesquisador com o fenômeno pesquisado e permite aproximar-se da “perspectiva dos sujeitos” e do significado que eles atribuem à realidade e às próprias ações. As observações realizadas tiveram, como objetivo único, a aproximação com o cotidiano da escola, pois, este era praticamente desconhecido para nós. Além disso, permitiram estabelecer vínculos de confiança com as