Educação gênero e raça no brasil - quebrando silêncios
Katia Cristina Leal da Silva1 Solange Pereira da Rocha2
“O poder de uma classe sobre a outra terminará e com ele, terminará também o poder do homem sobre a mulher” (Friedrich Engels)
RESUMO: Iremos perceber nesse artigo que é uma questão política a relação de poder, mediante as relações etnicorraciais e de gênero e nesse reconhecimento, a idéia é o rompimento desse modelo político tradicional que neutraliza e deixa transparecer um caráter de opressão, revelando os laços existentes entre as relações interpessoais que reflete na educação de uma sociedade. As relações de poder contêm um comportamento de hierarquia, onde o estudo de gênero procura em sua prática essa superação, se organizando, enfocando e caracterizando as formas organizadas do autoritarismo. Palavras-chave: Educação. Relações etnicorraciais. Gênero. Sociedade.
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Graduada no curso de licenciatura plena em Geografia, pela Universidade Estadual da Paraíba, aluna do curso de bacharelado em Biblioteconomia pela Universidade Federal da Paraíba, pesquisadora na área da educação nas relações etnicorraciais e de gênero no Brasil e no estado da Paraíba. Email: kt.tia@hotmail.com 2 Orientadora. Doutora em História pela Universidade Federal de Pernambuco. Professora de História na Universidade Federal da Paraíba. Email: banto20@hotmail.com
INTRODUÇÃO Encontramos livros de autoras interessantes como Simone de Beauvoir1 que escreveu sobre mulheres, comportamentos, vivências e relações de poder. Mesmo antes, o século XVIII que foi chamado de século das revoluções, onde a idéia de liberdade, dentro de uma consciência na esfera política, dizia que só se constrói com participação. Com esse objetivo, no decorrer dos séculos, várias mulheres vêm ocupando espaços, antes ocupado por homens, construindo um cotidiano através de processos de transformações, contendo avanços, contradições, recuos, medos e alegrias. Na busca incessante de uma nova