Educação física

Capítulo 3 – A construção da educação física como componente curricular e seus discurso legitimador.

Em seu livro “Educação Física e aprendizagem social” Bracht atenta para o fato de a Educação Física escolar estar se tornando frágil e sua presença no currículo escolar ser questionável. Debate que girou em torno da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN). A dúvida estava em torno do papel da Educação Física no projeto de educação para o Brasil, no qual ficou evidente a dificuldade de justificar a importância da EF como componente curricular. A preocupação não estava só no plano nacional, essa preocupação afeta também a maioria dos países europeus. Bento (2001) apontou algumas justificativas para esse fenômeno: - reduções do tempo de aula - inadequação de recursos materias e pessoais - queda dos padrões de qualidade e profissionalismo - surgimento de formas alternativas de atividade física na escola (caráter optativo ou voluntário)

Questionamentos que fundamentam a discussão; - Por que, em um determinado momento, considerou-se relevante destinar um espaço, no currículo do sistema educacional, à educação corporal? - As razões que levaram à inclusão são ainda pertinentes? - É possível ainda sustentar a Educação Física tendo como base essas razões originais?
- Que outras possibilidades existem hoje?

Entendendo o contexto histórico no qual surgiu a EF na escola:
_Remonta os primórdios da escola moderna, logo, à escola da sociedade burguesa. A inserção da EF na escola veio condiciona pela emergência de uma nova ordem social nos séculos XVIII e XIX, movimentos ligados a Medicina, que estão ligados ao desenvolvimento da ciência, constituição do Estado Nacional e criação de sistemas educacionais. A Medicina promove a importância da atividade física como meio de manter a saúde. Isso se dá após o advento da ciência moderna que fez com que a Medicina construísse outra visão de corpo, compreendendo agora que é importante a