Educação Física na Idade Media
A educação física já entra na idade média em crise, devido ao período do império romano, que estava em decadência. Agravando a situação, o cristianismo ganha espaço e tem papel transformador na visão da disciplina. As atividades físicas passaram a ser vistas com maus olhos e associadas à esfera do mal. Junto com elas os circos, anfiteatros e termas foram condenados pela Igreja por serem hábitos pagãos e desaprovados moralmente. Para a religião cristã era importante apenas a elevação do espírito pela fé e oração, sem “saciar” o corpo. E em 393 d.C, o
Imperador romano Teodósio I suspensos os Jogos Olímpicos e aumenta a opressão aos exercícios físicos.
Para darmos seguimentos aos estudos temos que entender as definições de classes sociais na idade média, que são: Primeira, o Clero (Igreja), segunda, a nobreza (Reis, Cavalaria e os senhores feudais, sequencialmente) e terceira, a plebe (o povo, camponeses). Foi nesta época que surgiram os feudos. Neles os servos tinham obediência aos seus senhores e deveriam protegê-lo, e para isso formavam-se grupos de jovens que eram preparados para fins bélicos. Esta foi uma das maneiras que a educação física sobreviveu à era das trevas. Outra maneira, e talvez a mais significante, foi a cavalaria. Ela, antigamente aberta a qualquer portador de arma e cavalo, passou a ser privilégio de nobres, e foi a única forma de atividade física aceita pela Igreja, já que a mesma fez uso do serviço dos cavaleiros em cruzadas e batalhas “santas”.
Por sua importância, a educação da cavalaria era diferenciada. Até os sete anos, o menino era criado pela família, aprendendo a andar a cavalo e executar exercícios para agilidade, aos doze anos, nomeado Pagem, ia para o castelo feudal ou real onde era uniformizado e aprendia usos da corte, boas maneiras e exercícios preparatórios para a guerra. O intelecto não era deixado de lado, e o cavaleiro recebia também aulas de música, poesia e por vezes