Educação Especial
Em sociedades democráticas, a educação representa um direito de toda a população, incluindo assim as pessoas com deficiência. (página 13). Assim devemos considerar a educação especial como prática social historicamente produzida, e não simplesmente como uma especialização para alguns profissionais nas áreas de educação e saúde. (página 14). Surgiu e se firmou em virtude da existência das diferenças individuais entre as pessoas, fornecendo acesso à educação a um grupo de pessoas, que segundo estimativas da organização Mundial de Saúde (OMS), atualmente constitui 10% da população mundial. (página 15). O final do século XX, especialmente a década de 1970, marca o advento do movimento da denominada “filosofia da integração em educação especial”, que defende a inserção de pessoas com deficiência no sistema regular de ensino, postulando que a elas sejam garantidas as condições julgadas necessárias para o desenvolvimento de suas reais possibilidades.
Este movimento surge na Europa, principalmente nos países na Escandinávia, e ganha força nos EUA e Canadá, podendo ser considerado como parte das lutas de grupo minoritários na defesa dos direitos humanos (página 16). Principalmente a partir dos anos 2000, as políticas educacionais brasileiras apoiam o discurso inclusivo, protagonizado por variadas conferências internacionais que perseguem a meta da universalização da educação básicas nos países em desenvolvimento, ancoradas pela Unesco. (página 18). Através da Conferência Mundial sobre Necessidades Educacionais Especiais, realizada em Salamanca, no ano de 1994, vemos inaugurada a perspectiva da “educação inclusiva”, com a noção de que todas as crianças devem aprender juntas, na escola. (página 19).
As denominadas escolas inclusivas teriam como fundamento básico a flexibilidade curricular e metodológicas com o intuito de aceitar as diferenças individuais