EDUCAÇÃO ESPECIAL
FEIRA DE SANTANA 2013
1. APRESENTAÇÃO
Observando as produções que têm como foco a formação de professores para a educação especial, veiculadas em eventos científicos nos últimos anos, iniciaremos essa reflexão trazendo três evidências que, a nosso ver, ainda não se esgotaram e, portanto,apresentam potencial de reflexão. A primeira evidência tem como centralidade o discurso acusatório dirigido aos professores da rede oficial de ensino. Tais enunciados explicitam um suposto desconhecimento, por parte desses professores, do que seriam “os pressupostos” e “os fundamentos” da educação especial revelando, portanto, o despreparo para engajarem se em uma proposta de educação inclusiva. A segunda evidência anuncia que, ao se discutir os desafios para a implementação de uma política educacional inclusiva não estão em pauta àqueles alunos que trazem histórico de diferença cultural, étnica ou de privações, mas o grupo “alvo”de preocupação é aquele que reúne os nominados “alunos com necessidades educacionais especiais” ou, com deficiências1. E, a terceira evidencia, o foco principal deste trabalho é o questionamento sobre o que seria a formação em educação especial, ou melhor, a formação de um professor de educação especial, tendo em vista que a educação especial é uma área de atuação e estudo, pois em relação aos contextos escolares, temos observado a efetivação da educação inclusiva destinada ao aluno deficiente sendo, muitas vezes entendida como sinônimo de educação especial. A política nacional preconiza que a educação especial deve assumir a perspectiva da educação inclusiva. Essa perspectiva vem balizando projetos de importante considerar que a concepção de deficiência aqui retrata a perspectiva de um sujeito que está descrito nos discursos sociais e educacionais e que se distingue dos