Educação domiciliar
Como é que este movimento se iniciou?
Esse movimento sempre existiu. A escolarização em massa é que é um fenómeno recente - 150 anos na história da humanidade é um abrir e fechar de olhos. Este artigo fala um pouco sobre este tema.
Antes da criação da escolaridade obrigatória e subsequente criação de instituições públicas de ensino, a maioria da educação em todo o mundo decorria no seio da família ou comunidade, e apenas uma pequena proporção da população se deslocava a escolas ou empregava tutores.
[Em Portugal,] por exemplo, no ano de 1900, já após a Reforma de João Franco e Jaime Moniz (Decretos de 22/12/1894 e 14/8/1895), o "ensino liceal" português contava ainda 247 dos 4606 alunos (5%) em ensino doméstico.
Em relação ao Brasil, estas 2 páginas mostram o número de pessoas matriculadas no ensino doméstico entre 1933 e 1944.
Quais os verdadeiros objectivos da educação em casa?
Isso depende de cada família, mas diria que comum a todas elas está a convicção da importância da liberdade de educação e de que "aos pais pertence a prioridade do direito de escolher o género de educação a dar aos filhos." (artigo 26° da Declaração Universal dos Direitos Humanos).
Há várias abordagens ao ensino doméstico, desde a "escola em casa" ao unschooling passando pelo eclético. Cada família tem a sua filosofia de educação.
Falando em termos gerais, os educadores domésticos dividem-se em três grandes grupos: os que são motivados por razões religiosas e morais, os que têm razões filosóficas ou pedagógicas e os que optam pelo ensino doméstico devido aos problemas que os filhos experienciaram na escola, tanto a nível académico como social ( van Galen & Pitman, 1991; Thomas, 1998).
As motivações são muitas: várias famílias acreditam que os filhos podem adquirir uma educação de muito maior qualidade em casa do que na escola. Outras viram-se para o ensino doméstico ao verem os filhos sendo destruidos pela escola e