Educação como prática da liberdade
FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. 14. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2011.
Neste livro Freire expõe o método de alfabetização de adultos de maneira minuciosa, contextualizando historicamente a proposta e expondo seus pressupostos filosóficos e políticos. Durante o período em que ficou exilado, Paulo Freire participou de diversos projetos desenvolvendo os métodos de alfabetização de adultos e escreveu algumas obras, entre elas está “Educação como Prática da Liberdade”. No pensamento do autor, tanto os alunos quanto o professor são transformados em pesquisadores críticos. Os alunos não são uma lata vazia para ser cheia pelo professor.
No primeiro capítulo, Paulo Freire apresenta sua interpretação sobre as forças políticas que disputavam o poder no início da década de 1960, esclarecendo inicialmente seus pressupostos filosóficos. Ele define sua filosofia de caráter existencial, para ele existir ultrapassa viver, porque é mais do que estar no mundo. É estar nele e com ele. O existir é individual. Transcender, discernir, dialogar são exclusividades do existir. Herdando a experiência adquirida e integrando-se às condições de seu contexto, lança-se o homem em um domínio que lhe é exclusivo – o da História e o da Cultura.
Freire entende que integração não é acomodação, ela resulta da capacidade de ajustar-se à realidade acrescida da possibilidade de transformá-la. O homem integrado é um homem Sujeito. A adaptação é um conceito passivo. Criando, recriando e decidindo é que o homem vai participando das épocas históricas. Para o autor a educação na fase de trânsito se fazia uma tarefa altamente importante, pois através de uma educação de diálogo e ativa, voltada para a responsabilidade social e política, chegariam à transitividade crítica que se caracteriza pela profundidade na interpretação dos problemas. Entra aí a matriz verdadeira da democracia. Paulo Freire queria que todos acreditassem no homem, cuja