Educação básica no Brasil em 1990: subordinação ativa e consentida à lógica do mercado
Fernanda Dias da Silva - 7295211
Neste texto, Frigotto faz uma crítica ao Governo de Fernando Henrique Cardoso, referindo-se a esse período como um retrocesso em diversos sentidos, mas principalmente no âmbito pedagógico. Isso aparece vinculado ao processo de subordinação do governo aos interesses dos organismos internacionais. O contexto educacionai era o neoliberalismo, a globalização, o desenvolvimento tecnológico, as mudanças no setor produtivo e o desemprego.
Um dos motivos para que isso acontecesse foi a ideia de que atendendo aos mesmos, se estaria garantindo a rentabilidade do sistema capital e das grandes corporações. O foco, então, era usar a educação como meio de acelerar e fazer crescer a economia, com a mão de obra que fosse necessária, tornando-a “um espaço fecundo para negócios rentáveis”. Com isso, também cresceu a ideia de individualismo e o ambiente escolar e no trabalho foram se tornando mais competitivos. Não havia espaço para o pensamento crítico e sim, somente para tornar-se a melhor peça do jogo de poderes que se desenvolvia.
O autor também analisa com mais detalhes as políticas educacionais brasileiras no sentido político, deixando claro que estas duas esferas estão conectadas, já que o que está em jogo é, muitas vezes, o interesse político. Com o tempo, mais especificamente citado pelo autor no Governo de Collor, passou-se a se falar, já que a educação deveria gerar cada vez mais mão de obra, da democratização do acesso ao conhecimento. Porém, a separação entre os críticos e os trabalhadores aumentou, gerando ainda mais desigualdade, já que a função da educação básica seria a diminuição da pobreza e o aumento da produtividade do trabalho dos pobres. Os cursos breves