Educação ambiental e formação de professores
Autora: Maria Esther Pereira Flick estherflick@hotmail.com RESUMO
A escola , é de longe, o lugar mais adequado para a inserção das práticas educacionais inerentes ao meio ambiente. Um dos desempenhos mais respeitáveis da escola é sua força de influência e transformação em relação a conceitos da comunidade em que está inserida. Nesse contexto e, na temática ambiental, a escola oferece um impacto expressivo na sociedade, através da sua mais fiel tradução: o trabalho dos profissionais em educação, em função da abertura de caminhos de difusão com os alunos, que permitam reflexões sobre o papel destes , como cidadãos em relação ao meio ambiente. Este é o mister do professor : a responsabilidade de acordar o aluno para o bom senso de descobrir dentro de si a autoconfiança e potencialidade para o exercício de sua cidadania, desencadeando posturas e atuações mediante as dificuldades sócioambientais.
A soberania da ciência e da tecnologia vem registrando avanços científicos, decididamente insólitos, no decorrer da história da humanidade. Poder-se-á, entretanto, afirmar que os padrões culturais impostos pela sociedade industrial contemporânea fazem com que se conviva com o ameaçador fantasma da crise ambiental. A tecnologia e a ciência conferiram benefícios para o homem, e, paradoxalmente, trouxeram comprometimentos negativos e irreversíveis ao ambiente social e natural. Analisando as três últimas décadas, constatar-se-á o agravamento e distanciamento inexoráveis das diferenças sociais, políticas e ambientais em relação aos contextos global e local.
O Século XX assistiu ao mais vigoroso avanço tecnológico de todos os tempos e, concomitantemente, às mais selvagens agressões ao meio ambiente, já que, em nome do desenvolvimento, os impactos ambientais não foram dimensionados, bem como a “certeza” da infinitude dos recursos naturais. O planeta foi testemunha e vítima de mudanças climáticas, hidrográficas e biológicas