educaçao
Marcelo Freitas
Uma das grandes questões que desafiam as escolas de hoje é, sem dúvida, encontrar um novo caminho para o processo de ensino e aprendizagem. No mundo inteiro, escolas e seus educadores trabalham para alinhar as metodologias aos novos tempos de informação Just in
Time. Algumas dessas experiências, felizmente, já dão sinal de vida.
Imagine uma faculdade sem aulas, nem provas e na qual é possível se formar no tempo que os estudantes quiserem ou conseguirem? Ela existe nos Estados Unidos e atende pelo nome de
College for America1.
Para se formar nessa escola, uma instituição fundada em outubro de 2013 e ligada à
Universidade do Sul de Nova Hampshire, os alunos precisam realizar projetos que comprovem que eles desenvolveram um conjunto de competências exigidas pelo programa. E isso ocorre somente através de interação on-line.
O projeto foi desenvolvido a partir do laboratório de inovação, criado pela universidade, para atender as pessoas que já estão no mercado de trabalho, mas sentem necessidade de melhorar sua formação para conquistar melhores oportunidades, uma realidade também muito comum no Brasil, onde apenas 12% dos que têm 25 anos ou mais têm curso superior completo. Daí a flexibilidade.
Preocupada com o futuro da educação superior nos Estados Unidos, cujo modelo atual enfrenta dificuldades de financiamento (o volume de empréstimos estudantis supera o de créditos disponíveis) o projeto foi desenvolvido para ter o preço, como grande diferencial. A anuidade custa US$ 2.500, o que representa pelo menos a metade do que é cobrado por cursos semelhantes em instituições voltadas a alunos de menor renda, os chamados community colleges. Para alcançar esse patamar, o projeto recebeu apoio e financiamento da
Fundação Bill & Melinda Gates, o que permitiu fundar a nova faculdade.
Este é outro bom exemplo para os nossos gestores educacionais. Ele demonstra a necessidade de abertura e envolvimento da escola